
"É incrível que poucos minutos depois do ataque terrorista autoridades israelenses tenham anunciado que o Irã estava por trás dele", disse o diplomata Mohammad Khazaee num debate do Conselho de Segurança sobre o Oriente Médio.
Dois dias depois do ataque, o governo israelense atribuiu a ação ao Irã e ao grupo radical libanês Hizbollah, o que Teerã nega. "Nunca nos envolvemos nem nos envolveremos numa tentativa tão desprezível contra gente inocente", afirmou.
"Tais operações terroristas só poderiam ser planejadas e realizadas pelo mesmo regime cuja curta história está cheia de operações de terrorismo estatal e assassinatos destinados a implicar terceiros para estreitos ganhos políticos", prosseguiu Khazaee.
"Eu poderia oferecer muitos exemplos mostrando que este regime matou seus próprios cidadãos e judeus inocentes durante o último par de décadas."
IMPRESSÕES DIGITAIS
O embaixador de Israel na ONU, Haim Waxman, afirmou haver impressões digitais deixadas pelo Irã na trama do atentado na Bulgária e também em dezenas de outros recentes planos terroristas dos últimos meses no mundo todo.
"Esses comentários são assustadores, mas não surpreendentes, em se tratando do mesmo governo que diz que o ataque de 11 de setembro (de 2001) foi uma teoria conspiratória e que nega o Holocausto", disse Waxman em nota.
Alguns analistas dizem que o Irã poderia estar tentando vingar as mortes de vários cientistas seus envolvidos no polêmico programa nuclear do país, crimes pelos quais Teerã culpa Estados Unidos e Israel. Diplomatas israelenses sofreram várias tentativas de atentado nos últimos meses, também atribuídos por Israel ao Irã.
"Chegou a hora de o mundo pôr um fim a essa campanha de terror, de uma vez por todas", disse Waxman.
A informação e da Folha de SP, DA (SPNEWS)